Os Borlububos e os sem-abrigo

Os Borlububos e os sem-abrigo
Beleza e ternura nas ilustrações de Alexandra Duque

A dança das letras

A dança das letras
Esta a capa do segundo livro dos Borlububos, lançado no Dia Mundial da Criança.

domingo, 25 de julho de 2010

Obrigada, António Manuel Couto Viana (1923-2010)

LEITUR@GULBENKIAN
ROL DE LIVROS:

Detalhe da recensão: Apreciação:

Os Borlububos e os sem-abrigo
de RIOS, Alice;
Categoria: Literatura - Conto
Idade: 6 - 12
Editora: Estratégias Criativas
Ano da Obra: 2009
recenseador: António Couto Viana, 2010


Eis um gracioso conto, ilustrado com delicadeza para a infância. Suponho que a autora se estreia, com ele, nesta difícil modalidade. Se é assim, trata-se de uma estreia auspiciosa. O entrecho, muito simples, atendendo ao leitor (ou ouvinte) para quem foi concebido, conta-se numa penada: dois fantasminhas, irmão e irmã, o Borlububo e a Borlububa, a viverem nos subterâneos da cidade do Porto, existentes desde o tempo dos reis espanhóis, Filipes, costumam sair à noite para o exterior, a ajudar os sem-abrigo, que dormem em más condições, nos jardins, no frio, nos invernos rigorosos. Um simples bafo dos dois irmãos os aquecem, os confortam.
Também os fantasminhas castigam quem rouba estes desgraçados adormecidos, fazendo gelar as mãos do ladrão. Condenados a viver apenas à noite, já que a luz do sol lhes é insuportável, os Borlububos não têm, senão, como protegidos os Borlububos, dos vagabundos "que vagueiam errantes, que não pertencem a lado nenhum, a uma terra ou um lugar, que andam de um lado para outro, não querem viver com regras de ter casa e emprego, que fazem vida de maltrapilhos" (definição da autora, num pequeno dicionário publicado no final do livro).
Obra recomendável pelo propósito, pela escrita e pelos desenhos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Os Borlububos e os Sem-Abrigo



Eis o primeiro livro dos Borlububos, onde se narra uma história de solidariedade. Os seus protagonistas saem das entranhas da cidade - território constituído por uma rede de canais, galerias e aquedutos, com mais de cinco séculos, onde habita uma comunidade de fantasmas, dentre eles dois juvenis, os Borlububos, que fazem da noite um lugar luminescente.

Embora pertençam ao universo do fantástico os Borlububos movem-se nas ruas do Porto, onde a crise económica, o desemprego, a destruturação da família, a solidão e a pobreza vão depondo um número crescente de desabrigados. E sendo seres imaginários os dois fantasminhas assumem comportamento humano, privilegiando a noite para desenvolver acção cívica e humanitária.

Os Borlububos são os heróis invisíveis de uma história para entreter e ensinar, que pode ir ao encontro de orientações curriculares ou dos objectivos da escola. Uma história que através da fantasia e do maravilhoso aborda a questão social dos sem-abrigo; introduz noções de solidariedade; favorece uma aitude de respeito para com os mais desfavorecidos; e induz o interesse pela História da cidade.